Com Virgínia Rosa
Márcio e Vírginia Rosa, grande intérprete paulista com seu show "Esse seu Cantar" em Belo Horizonte em 2005.
Biografia
Embora muitos não saibam, Virgínia Rosa é paulistana nascida no bairro da Casa Verde Alta, zona norte de São Paulo.
Filha de pais mineiros, da mistura de negro e índio herdou este tipo físico e este jeito espontâneo e festivo de cantar que tem emocionado pessoas e conquistado respeito junto à crítica. Um canto que vai além dos estilos musicais e dos rótulos de que às vezes precisamos para indentificar um artísta. Na sua casa, sua mãe sempre cantarolou e seu pai quando jovem, após o trabalho, tocava instrumento de sopro em banda de coreto no interior de Minas.
Já casado, sempre teve um violão por perto e gostava de brincar com as filhas cantando músicas sertanejas: "Elvira escuta" era a preferida. Foi ele também que apresentou discos de artistas que marcaram Virgínia, como os Beatles e Secos & Molhados.
Virgínia diz que desde pequena, embora um pouco tímida por ser gordinha, tinha uma atração muito forte por espelhos e vivia fazendo cenas, ora dançando, ora representando e, como não podia deixar de ser, cantando também! Esta "brincadeira" sempre a colocou próxima da música ao se imaginar em um palco.
Na adolescência convivendo muito com os primos, com quem escutava música (Elis Regina, Beto Guedes, Alceu Valença, Milton Nascimento e outros mais). Juntos, resolveram montar um grupo que participou de festivais estudantis e fez algumas apresentações, o "Grupo Lógica".
O tempo passou e cada um escolheu seu rumo.Virgínia ficou com a música e foi atrás dela.
Começou a estudar violão para ter mais autonomia. Seu primeiro professor foi Luís Rondó. Nas aulas de violão também se cantava, e Rondó acabara de gravar com Itamar Assumpção o disco "Beleléu Via Embratel".
Ele apresentou Virgínia a Itamar, e ela foi a primeira vocalista a entrar na banda Isca de Polícia. Durante três meses, ensaiou com Itamar para pegar aquelas incríveis frases vocais e mudar radicalmente o jeito como cantava até então. Foram cinco anos de convivência junto de pessoas talentosas que hoje se destacam no meio musical.
Depois fez vocal para Tête Espíndola divulgando o disco "Gaiola".e participando do Festival dos Festivais (Rede Globo), em que Tetê conquistou o primeiro lugar com a música "Escrito nas Estrelas".
No ano de 85, em férias em Trindade (perto de Parati), num papo com Ná Ozzetti surge o convite para substituí-la numa banda que fazia um som bem brasileiro para dançar. Virgínia começa a cantar pela primeira vez à frente de uma banda como solista: foi um marco importante que trouxe muita experiência de repertório e sobretudo confiança em cantar. Assim pôde começar a ensaiar os primeiros passos para uma carreira solo. A banda chamava-se "Mexe Com Tudo". Foram 7 anos que incluíram viagens à Europa, um disco produzido na França e muitos domingos regados a muita música boa de ouvir e também de dançar no bar Avenida. Em 92 a banda se desfaz e Virgínia retoma sua carreira solo que, paralelamente à "Mexe", timidamente já existia. Ao lado de Swami Jr. começa a pesquisar um repertório próprio, com obras de compositores consagrados mas também de contemporâneos.
Por ser muito curiosa e flexível, sempre foi característica de Virgínia participar de projetos de músicas e músicos diversos. É o que se ouve em seu primeiro disco solo "Batuque", produzido por Swami Jr. O CD mais recente, "A Voz Do Coração", produção da própria Virgínia e Dino Barioni, traz as marcas registradas de um trabalho bem pessoal, assinalando sua presença entre as grandes intérpretes atuais da música popular brasileira.
http://www2.uol.com.br/virginiarosa/html/virginia.htm
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home